sexta-feira, 21 de setembro de 2007

A primavera.


Asher Durand, Early Morning at Cold Spring, pormenor, 1850







Sempre tão bela, oh primavera!

[ provavelmente, muitos já fizeram essa rima, que de tão boba chega a ser agradável ]



Amo flores, cores quentes, alegria, vestidos, drinks de frutas e cabelos ao vento.
Ok.
Acabou o deslumbre, mas continua sendo minha estação favorita.
Primavera? Primavera me lembra paixão.



E, agora a primeira pessoa se retira:


.
.
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A paixão é uma patologia que confirma o desequilíbrio humano.




Quando não é correspondida se assemelha ao suor secado pelo calor do sol.



Fica impregnado e você não vê a hora de tirá-lo.



Toma banho, esfrega e reza para que toda aquela secreção desça pelo ralo.



E, ainda desconfiado, pega uma bucha e esfrega a pele até começar a vermelhidão. Não satisfeito, esfrega mais e mais. Sangra.



Nesse momento, certamente, o suor já se foi, mas sua essência abraça sua carne como um vampiro, cresce como rizomas, atinge a alma e impossibilita a paz.






Drama? Ah, sim. É a principal característica.

2 comentários:

Locadora do Werneck disse...

"Ter saudade até que é bom, é melhor que caminhar vazio!"

Coisas que a gente aprende na festa brega da Obra. Perdeu!

porque eu ando disse...

a última frase é redonda feito bola de sabão.
beijobeijo
Val