domingo, 11 de novembro de 2007

A pergunta.


Ao buscar a pequena na portaria da escola, a mãe se depara com uma pergunta inusitada:


- Mamãe,...
- Fala, flor...
- Para onde vai essa linha tênue que transpassa a vida e se chama tempo, trazendo experiências que nos tornam seres mutantes?
- Não sei, nunca pensei nada a respeito.
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De mãos dadas, elas entram no carro e mais uma porta é fechada.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

A gente.

A gente era uma ótima combinação.
Boas idéias reunidas.

A gente não existe mais.

Essa gente é pequena.
Que se afoguem no individualismo que tanto preservam!
Que se afoguem no senso cego de responsabilidade que -de fato- tem!

Essa gente não.
Essa gente não tem mais tato.
Essa gente que preciso odiar só por causa do amor que sinto.

Como a gente mudou...
Não se conhece e nem quer se conhecer mais.
Quantos copos, sorrisos e lágrimas...
Tudo acompanhou a água. A mesma que escorreu pelo cano e parou no esgoto.

Ah...essa gente: nada indiferente (ainda).